24/07/2009

Tira-me



o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Neruda

23/07/2009

ao tempo que não ouvia isto...



e que boas recordações traz.... há memórias que nos conseguem deixar com um sorriso nos lábios.

20/07/2009

Se eu fosse um sabor de gelado seria..........

regresso...

A vida corre em círculos.
Um ano depois de ter iniciado o blogue volto aqui outra vez.
Falta-me o tempo…
Foge-me o tempo...
Roubam-me o tempo...

Tempo preenchido com coisas fúteis, minutos vãos….

Mas caminho com ele agora.

"There is never enough time to do everything, but there is always enough time to do the most important thing."
Assim sendo, é só decidir o que é mais importante.